Bem-vindo a Amieira do Tejo, o castelo da Amieira localiza-se no Alentejo,
concelho de Nisa, Distrito de Portalegre.
É uma zona muito rica em história com boas paisagens.
Welcome to Amieira do Tejo, the castle of Amieira is located in Alentejo, near
Nisa, district of Portalegre.
It is a place rich in history with beautiful landscapes.
O Castelo de Amieira, no Alentejo, localiza-se na povoação de Amieira do Tejo. Concelho de Nisa, Distrito de Portalegre, em Portugal.
A antiga povoação de Amieira, a meio caminho entre Belver e Nisa, integrava a chamada Linha do Tejo, linha de defesa da fronteira, na margem sul do rio Tejo.
A sua construção deve-se a Afonso IV de Portugal (1350).
História
. O castelo medieval
As lutas pela Reconquista Cristã da Península Ibérica e da formação do reino de Portugal, o rei D. Sancho II (1223-1248) fez uma doação vilas de Amieira, Belver, Gavião e Crato (1232).
A última a ser fortificada foi a de Amieira, cerca de um século mais tarde, sob o reinado de Afonso IV de Portugal (1325-1357).
O castelo é atribuído ao Álvaro Gonçalves Pereira, filho bastardo do prior da ordem do Hospital em Portugal, bispo D. Gonçalo Pereira e pai do futuro condestável, D. Nuno Álvares Pereira. Algumas obras devem ter sido orientadas por um outro filho, D. Pedro Pereira, e não se encontravam concluídas em 1359 conforme se depreende de uma carta régia enviada nesse ano a D. Álvaro, tendo sido concluídas em 1362.
Durante a crise de 1383-1385, D. Pedro Pereira, no início de 1384, reconheceu a autoridade de D. Beatriz, filha de D. Fernando e, como tal, herdeira legítima do trono Português. O Castelo da Amieira, juntamente com outros da ordem, prestou obediência à Rainha, situação modificada poucos meses mais tarde, por influência do condestável D. Nuno Álvares Pereira, irmão do Prior, tendo este partido para Castela.
O castelo esteve cercado em 1440, tendo D. Leonor, princesa de Aragão, se desentendido com o infante D. Pedro. O D. Nuno de Góis, para o Crato, tendo invocado em seu auxílio as forças de Castela, que cercaram a Amieira.
O D. Pedro determinou a ocupação dos castelos nessa região fronteiriça, ordenando a D. Álvaro Vaz de Almada, conde de Abranches, atacar o Castelo da Amieira. Sem oferecer resistência os castelos renderam-se, o prior do Crato e D. Leonor puseram-se em fuga para Castela e a paz foi restabelecida. O Castelo da Amieira passou para as mãos de Pedro Rodrigues de Castro como alcaide ao final do conflito.
Nos séculos seguintes, foram feitas pequenas obras de modernização sob o reinado de D. João II (1481-1495) e de D. Manuel I (1495-1521), fase em que teria servido como prisão. Data do século XVI a construção de uma capela, sob a invocação de São João Batista (1556).
. Do século XVII aos nossos dias:
Na época da guerra da restauração da Independência foram erguidas edificações residenciais no interior do recinto do castelo que, abaladas pelo terramoto de 1755, já se encontravam em ruínas em 1747. Nessa época tentou-se a recuperação parcial da torre de Menagem.
Em meados do século XIX, possivelmente em virtude do decreto que proibiu os funerais dentro do recinto das igrejas em Portugal (1846), a praça de armas do castelo passou a ser utilizada como cemitério pela população da vila.
Já no século XX, na década de 1920, as dependências do castelo passaram para a responsabilidade do Ministério da Guerra, com quem a Junta de Freguesia celebrou um contrato de arrendamento que lhe permitiu usufruir do monumento.
A antiga povoação de Amieira, a meio caminho entre Belver e Nisa, integrava a chamada Linha do Tejo, linha de defesa da fronteira, na margem sul do rio Tejo.
A sua construção deve-se a Afonso IV de Portugal (1350).
História
. O castelo medieval
As lutas pela Reconquista Cristã da Península Ibérica e da formação do reino de Portugal, o rei D. Sancho II (1223-1248) fez uma doação vilas de Amieira, Belver, Gavião e Crato (1232).
A última a ser fortificada foi a de Amieira, cerca de um século mais tarde, sob o reinado de Afonso IV de Portugal (1325-1357).
O castelo é atribuído ao Álvaro Gonçalves Pereira, filho bastardo do prior da ordem do Hospital em Portugal, bispo D. Gonçalo Pereira e pai do futuro condestável, D. Nuno Álvares Pereira. Algumas obras devem ter sido orientadas por um outro filho, D. Pedro Pereira, e não se encontravam concluídas em 1359 conforme se depreende de uma carta régia enviada nesse ano a D. Álvaro, tendo sido concluídas em 1362.
Durante a crise de 1383-1385, D. Pedro Pereira, no início de 1384, reconheceu a autoridade de D. Beatriz, filha de D. Fernando e, como tal, herdeira legítima do trono Português. O Castelo da Amieira, juntamente com outros da ordem, prestou obediência à Rainha, situação modificada poucos meses mais tarde, por influência do condestável D. Nuno Álvares Pereira, irmão do Prior, tendo este partido para Castela.
O castelo esteve cercado em 1440, tendo D. Leonor, princesa de Aragão, se desentendido com o infante D. Pedro. O D. Nuno de Góis, para o Crato, tendo invocado em seu auxílio as forças de Castela, que cercaram a Amieira.
O D. Pedro determinou a ocupação dos castelos nessa região fronteiriça, ordenando a D. Álvaro Vaz de Almada, conde de Abranches, atacar o Castelo da Amieira. Sem oferecer resistência os castelos renderam-se, o prior do Crato e D. Leonor puseram-se em fuga para Castela e a paz foi restabelecida. O Castelo da Amieira passou para as mãos de Pedro Rodrigues de Castro como alcaide ao final do conflito.
Nos séculos seguintes, foram feitas pequenas obras de modernização sob o reinado de D. João II (1481-1495) e de D. Manuel I (1495-1521), fase em que teria servido como prisão. Data do século XVI a construção de uma capela, sob a invocação de São João Batista (1556).
. Do século XVII aos nossos dias:
Na época da guerra da restauração da Independência foram erguidas edificações residenciais no interior do recinto do castelo que, abaladas pelo terramoto de 1755, já se encontravam em ruínas em 1747. Nessa época tentou-se a recuperação parcial da torre de Menagem.
Em meados do século XIX, possivelmente em virtude do decreto que proibiu os funerais dentro do recinto das igrejas em Portugal (1846), a praça de armas do castelo passou a ser utilizada como cemitério pela população da vila.
Já no século XX, na década de 1920, as dependências do castelo passaram para a responsabilidade do Ministério da Guerra, com quem a Junta de Freguesia celebrou um contrato de arrendamento que lhe permitiu usufruir do monumento.
Características
As muralhas, ameadas, são reforçadas nos ângulos por quatro sólidas torres e pela torre de Menagem, de maiores proporções, com planta quadrangular, defendendo a porta da barbacã. Esta torre possui janelas, sendo uma geminada e outra com arco pontiagudo e moldura de toros. Pensa-se que o seu castelo tenha sido construído no terceiro quartel do século XIV, sobre uma construção mais antiga, por ordem do então Prior do Hospital, D. Álvaro Gonçalves Pereira, pai de D. Nuno Álvares Pereira, que aqui viria a falecer, em 1383.
O castelo de Amieira apresenta, ainda hoje, vestígios de antigos revestimentos murais, os quais merecem um estudo atento, dada a urgência na sua preservação. Referimo-nos a um conjunto de pinturas murais, de grafitos e de esgrafitos que vieram lançar novos desafios para a interpretação deste edifício.
Para além das pinturas, foram encontrados no Castelo de Amieira, inúmeros grafitos, todos inscritos, um desenho fino, produzido por um instrumento afiado sobre o reboco que, neste caso (dada a pouca profundidade do traço), já estaria seco.
Na Torre de S. João Baptista podemos admirar um grande número de desenhos sobrepostos gravados no reboco: pássaros, estrelas, barcos, animais e uma figura a cavalo com uma lança.
De acordo com as Memórias Paroquiais de Amieira, em 1759 o castelo estava arruinado e, as suas torres sem coberturas, nem soalhos. Isto significa que, durante séculos, os revestimentos do castelo de Amieira permaneceram expostos à chuva e ao vento, com prejuízos irremediáveis para a sua conservação, foram encontradas em vários pontos das paredes voltadas a oeste, a sul e, sobretudo, a este, manchas de pintura com algumas figuras inseridas em barras de traçado diagonal vermelho e azul. Dado o estado de degradação em que se encontravam, pouco mais se podia distinguir para além do vulto de um cavalo, o que nos levou a pensar que aqui se encontraria representada uma cena de batalha.
O Castelo de Amieira, os desenhos mais simples, ligados a situações do quotidiano ou do imaginário poderão corresponder a simples passatempos das respectivas guarnições militares.
Outros revestimentos ainda presentes no Castelo de Amieira são os fingimentos de cilharia aparelhada, em relevo, visível no intradorso da janela voltada a leste da torre de S. João Baptista.
Hoje em dia, o Castelo de Amieira do Tejo, no concelho de Nisa em Portalegre, está fechado há já dois anos devido à falta de condições de segurança. O presidente da Junta de Freguesia local, defende a realização de obras e a reabertura do monumento nacional.
A Direcção Regional de Cultura do Alentejo já admitiu não dispor de verbas para a realização de obras.
Assim vai a conservação do património e a cultura em Portugal.
As muralhas, ameadas, são reforçadas nos ângulos por quatro sólidas torres e pela torre de Menagem, de maiores proporções, com planta quadrangular, defendendo a porta da barbacã. Esta torre possui janelas, sendo uma geminada e outra com arco pontiagudo e moldura de toros. Pensa-se que o seu castelo tenha sido construído no terceiro quartel do século XIV, sobre uma construção mais antiga, por ordem do então Prior do Hospital, D. Álvaro Gonçalves Pereira, pai de D. Nuno Álvares Pereira, que aqui viria a falecer, em 1383.
O castelo de Amieira apresenta, ainda hoje, vestígios de antigos revestimentos murais, os quais merecem um estudo atento, dada a urgência na sua preservação. Referimo-nos a um conjunto de pinturas murais, de grafitos e de esgrafitos que vieram lançar novos desafios para a interpretação deste edifício.
Para além das pinturas, foram encontrados no Castelo de Amieira, inúmeros grafitos, todos inscritos, um desenho fino, produzido por um instrumento afiado sobre o reboco que, neste caso (dada a pouca profundidade do traço), já estaria seco.
Na Torre de S. João Baptista podemos admirar um grande número de desenhos sobrepostos gravados no reboco: pássaros, estrelas, barcos, animais e uma figura a cavalo com uma lança.
De acordo com as Memórias Paroquiais de Amieira, em 1759 o castelo estava arruinado e, as suas torres sem coberturas, nem soalhos. Isto significa que, durante séculos, os revestimentos do castelo de Amieira permaneceram expostos à chuva e ao vento, com prejuízos irremediáveis para a sua conservação, foram encontradas em vários pontos das paredes voltadas a oeste, a sul e, sobretudo, a este, manchas de pintura com algumas figuras inseridas em barras de traçado diagonal vermelho e azul. Dado o estado de degradação em que se encontravam, pouco mais se podia distinguir para além do vulto de um cavalo, o que nos levou a pensar que aqui se encontraria representada uma cena de batalha.
O Castelo de Amieira, os desenhos mais simples, ligados a situações do quotidiano ou do imaginário poderão corresponder a simples passatempos das respectivas guarnições militares.
Outros revestimentos ainda presentes no Castelo de Amieira são os fingimentos de cilharia aparelhada, em relevo, visível no intradorso da janela voltada a leste da torre de S. João Baptista.
Hoje em dia, o Castelo de Amieira do Tejo, no concelho de Nisa em Portalegre, está fechado há já dois anos devido à falta de condições de segurança. O presidente da Junta de Freguesia local, defende a realização de obras e a reabertura do monumento nacional.
A Direcção Regional de Cultura do Alentejo já admitiu não dispor de verbas para a realização de obras.
Assim vai a conservação do património e a cultura em Portugal.
Trabalho elaborado por : Ana Pereira
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