terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Entrevista ao Presidente da Junta de Freguesia do Crato



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Entrevista com o Presidente da Junta de Freguesia de Crato e Mártires, Sr. José António Belo, com o objectivo de conhecer as principais preocupações e eixos de actuação da Junta de Freguesia do Crato.


P: Sabendo que o Crato tem um Património rico em monumentos de grande valia, qual é, no seu entender, o papel da Junta de Freguesia na preservação do património?

R: A Junta de Freguesia não tem muito a ver com o património. Essa é uma área mais do âmbito da Câmara Municipal. Mas vamos contribuir para que o património seja mantido, para a preservação dos monumentos e conservação das pinturas…

P: Sabemos que há um problema de despovoamento das aldeias do interior. No concelho do Crato, havia, em 1960, 8642 habitantes e, em 1981, a população era de 5642. Houve, portanto, uma diminuição de 3000 habitantes. Já no senso de 2006, os habitantes eram apenas de 3835.
A que pensa que se deve esta diminuição drástica dos habitantes, esta fuga das pessoas da vila.

R: Esta fuga deve-se à falta de emprego e as pessoas, sem emprego, têm que ir para os grandes meios. Aqui as condições não são as melhores, porque o emprego é precário, não há fábricas. No concelho do Crato temos apenas instituições como a Câmara Municipal e pouco mais…

P: O que pretende fazer a Junta de Freguesia para inverter esta tendência e contribuir para fixar a população?

R: Não é fácil ser uma Junta de Freguesia, tentar fixar a população… Embora possa ponderar oferecer condições aos seus fregueses…

P: Em relação ao apoio às Colectividades e às Associações, sabemos que a Junta de Freguesia tem ajudado monetariamente as associações de apoio aos jovens e idosos. Gostaríamos de saber se pretende continuar com esses apoios neste mandado?

R: Sim, temos que manter os apoios às colectividades e às associações, porque sabemos que estas instituições vivem com dificuldades. As pessoas, por vezes, julgam que a Junta de Freguesia está mais desafogada, mas não é o caso. Temos que gerir a Junta de Freguesia quase como gerimos a nossa casa. No entanto essa matéria é importante. As associações e colectividades precisam dos apoios, quer da Junta de Freguesia, quer da Câmara Municipal, quer de outras entidades.

P: Relativamente à descentralização de serviços, para quando está prevista a abertura das novas instalações da Junta de Freguesia no Pisão e em que moldes funcionará?

R: A abertura das novas instalações da Junta de Freguesia no Pisão pode ser feita a qualquer momento, uma vez existem as instalações. Isso está realmente no nosso programa.

P: Em relação aos equipamentos sociais, que tipo de intervenção está prevista para a antiga escola do Monte da Velha?

R: A antiga escola de Monte da Velha é um edifício que está cada vez mais degradado e, por isso, era nossa ideia, com a colaboração da Câmara Municipal, darmos-lhe uma nova vida. Gostávamos que fosse arranjada e pintada, de forma a colocar lá umas mesas, alguns jogos para os idosos, ou algo mais e, depois, claro, com o andamento da situação, logo se via qual era a outra hipótese, até inclusivamente para a realização de eventos como por exemplo baptismos e aniversários…

P: Relativamente à igreja da Sra. das Mártires, prevê-se alguma intervenção no âmbito da sua conservação?

R: Relativamente à Igreja da Senhora das Mártires, todos os anos é feita a sua limpeza, a pintura e o arranjo do espaço envolvente, para a realização da festa e da procissão. E há dois anos, foi feita uma pintura total, de alto a baixo do edifício.

P: Sr. Presidente, sabemos que tem feito um trabalho exemplar em relação à limpeza e preservação das fontes. Pretende continuar com a limpeza das mesmas como tem feito até aqui?

R: A limpeza e pintura das fontes é da nossa área de competência e, como tal, vai sempre ser efectuada, como foi até aqui.

P: E pretende, ainda, continuar a proceder com as análises periódicas às águas?

R: A questão das análises periódicas às águas não tem sido do nosso âmbito. Quem tem realizado as análises das águas tem sido o Centro de Saúde, pois trata-se de um assunto da sua competência.

P: Por último, em relação à Cultura e ao Desporto, considera importante não deixar acabar as nossas tradições antigas, como os jogos tradicionais, os espectáculos, os convívios… E, principalmente, fomentar a sua prática junto das camadas mais jovens da população?

R: Nós, todos os anos, temos mantido os jogos tradicionais. Para o ano de 2010, já está agendada a realização, dia 11 de Abril, dos jogos tradicionais, a nível de distrito. O ano passado, foram também realizados os jogos a nível de concelho, o que foi muito engraçado é uma brincadeira diferente. Embora os jogos a nível de distrito também sejam interessantes, penso que, ao nível do concelho, são mais engraçados, pois as pessoas conhecem-se melhor umas as outras.

Trabalho Elaborado Por:
Alexandra Louro
Maria Oliveira
Otede Felizardo

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